Os primórdios dos Foguetes no Brasil: Uma história de desenvolvimento e superação


Os foguetes são dispositivos de propulsão que são usados para transportar cargas úteis para o espaço, bem como para fins militares e civis. No Brasil, o desenvolvimento dos foguetes começou na virada do século XIX, com a invenção do foguete de Congreve.

Os foguetes de Congreve foram inventados na Inglaterra em 1804 por William Congreve, que era um oficial do Exército Britânico. Esses foguetes eram projetados para serem disparados a partir de lança-foguetes, que eram essencialmente tubos com uma abertura em uma extremidade e um propulsor na outra. O foguete era inserido no tubo, acendido e lançado no ar.


Os foguetes de Congreve foram usados durante as guerras napoleônicas para atacar fortificações e navios inimigos. Eles também foram usados em batalhas navais para iluminar o campo de batalha à noite.

No Brasil, os foguetes de Congreve foram usados durante a Guerra da Independência, que ocorreu entre 1822 e 1825. Eles foram usados pelos exércitos brasileiros para atacar as fortificações portuguesas em Salvador, na Bahia, e em outros locais.

Após a Guerra da Independência, o desenvolvimento dos foguetes no Brasil continuou lentamente. Em 1874, o padre brasileiro Francisco de Paula Oliveira inventou o "foguete de sinalização", que era usado para enviar mensagens de um navio para outro.

No final do século XIX, o Brasil começou a se interessar pela exploração do espaço e começou a desenvolver tecnologias relacionadas aos foguetes. Em 1908, o brasileiro Manuel de Araújo Porto-alegre publicou o livro "Da terra à Lua", no qual ele descreveu como um foguete poderia ser usado para levar pessoas para a Lua.

Em 1923, o brasileiro Lucas Nogueira Garcez começou a trabalhar no desenvolvimento de foguetes de combustível líquido. Ele construiu um laboratório em sua casa, onde realizou testes e experimentos. Em 1927, ele construiu o primeiro foguete brasileiro, que foi chamado de "Esmeralda".

Em 1934, o governo brasileiro criou o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), que foi criado para promover o desenvolvimento da tecnologia aeronáutica no país. O ITA se concentrou no desenvolvimento de motores a jato e foguetes, e em 1945, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) foi criado para apoiar o desenvolvimento dessas tecnologias.

Em 1950, o Brasil começou a trabalhar em seu próprio programa espacial, com a criação do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) em São José dos Campos. O CTA se concentrou no desenvolvimento de foguetes e satélites, bem como no treinamento de astronautas.

Em 1961, o astronauta brasileiro Marcos Pontes nasceu em Bauru, São Paulo. Em 2006, ele se tornou o primeiro astronauta brasileiro a viajar para o espaço.

Em 1965, o Brasil lançou seu primeiro foguete de teste, o VLS-1 (Veículo Lançador de Satélites), que foi construído pelo CTA. Infelizmente, o lançamento falhou e o foguete explodiu, matando 21 pessoas.

Apesar do acidente, o programa espacial brasileiro continuou a se desenvolver. Em 1985, o país lançou seu primeiro satélite, o Satélite de Coleta de Dados (SCD-1), que foi projetado para coletar dados ambientais.


Nos anos seguintes, o Brasil continuou a trabalhar em seu programa espacial, desenvolvendo novos foguetes e satélites. Em 1997, o país lançou seu primeiro foguete de sondagem, o VS-30, que foi projetado para fazer medições atmosféricas a altitudes elevadas.

Em 2003, o Brasil lançou seu primeiro satélite geoestacionário, o Satélite de Coleta de Dados 2 (SCD-2), que foi projetado para coletar dados meteorológicos e ambientais. Em 2014, o país lançou seu segundo satélite geoestacionário, o SGDC-1, que foi projetado para fornecer serviços de telecomunicações em todo o país.

Atualmente, o programa espacial brasileiro continua a se desenvolver. Em 2020, o país lançou seu terceiro satélite geoestacionário, o SGDC-2, e está trabalhando no desenvolvimento do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), que será usado para lançar satélites de pequeno porte em órbita.


Em resumo, os primórdios dos foguetes no Brasil remontam à Guerra da Independência, quando os foguetes de Congreve foram usados pelos exércitos brasileiros para atacar as fortificações portuguesas. Desde então, o país tem trabalhado no desenvolvimento de tecnologias relacionadas aos foguetes e ao espaço, culminando no lançamento de satélites e no desenvolvimento de seu próprio programa espacial. Embora tenha enfrentado alguns obstáculos, o programa espacial brasileiro continua a se desenvolver e a contribuir para a pesquisa e a tecnologia aeroespacial global.