No dia 17 de julho de 2007, um avião do modelo Airbus A320-233 partiu as 17h19 do Aeroporto Internacional de Porto Alegre, com destino ao Aeroporto de Congonhas em São Paulo.
O avião tenta pousar na pista 35L, em Congonhas São Paulo, mais a aeronave não conseguindo parar na pista, passa direto da pista de pouso, plaina pela Avenida Washington Luís e 18h48 se choca com o prédio da Tam express, todas as 187 pessoas que estavam no avião e outras 12 em solo morreram.
O Maior acidente da história da aviação brasileira, ultrapassando o voo Gol 1907, é também o mais mortífero envolvendo uma aeronave da família A320, até então sendo ultrapassado em outubro de 2015 pelo vou Metrojet 9268, com 224 mortes.
Antecedentes
Dias antes do ocorrido, outros pilotos apontaram falhas na pista e irregularidades que estavam atrapalhando na hora de fazer os pousos. Quase um ano antes, no dia 24 de julho de 2006, um Boeing 737 da BRA Transportes Aéreos deslizou sobre a pista logo depois de pousar, graças a uma manobra feita pelo piloto, conhecida como "cavalo de pau" a aeronave não caiu na avenida Washington Luis.
Nas duas pistas avia uma inclinação que impedia o escoamento da água acumulada sobre o asfalto, que já era liso por causa do excesso de borracha sobre a pista, causado pela pressão dos pneus ao pousar.
Mesmo após todos os avisos, nada foi feito para prevenir o que aconteceria posteriormente. Na noite do dia 17 de julho de 2007, a aeronave TAM 3054 foi autorizada a pousar em Congonhas na pista 35L, segundo testemunhas oculares e imagens capturadas pelas câmeras de segurança do aeroporto, o avião não diminuiu a velocidade após tocar a pista, atravessando o local numa velocidade média de 90 nós (170 quilômetros por hora).
Investigações e Denunciais
O acidente foi investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão filiado à Força Aérea Brasileira, teve seu relatório final divulgado em setembro de 2009, apontando como causas principais do acidente o erro do piloto ao configurar irregularmente as manetes, falta da infraestrutura aeroportuária brasileira faltando groovings (ranhuras) na pista de Congonhas e autonomia excessiva aplicada aos computadores da aeronave.
Em 2011, o procurador da República
Rodrigo de Grandis denunciou a ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) o vice-presidente de operações da Tam, Alberto Fajerman e o diretor de segurança de voo da TAM, Marco Aurélio dos Santos de Miranda e Castro.
Porém, a própria MPF em 2014 pediu a absolvição de Fajerman, pois avaliou que não foram obtidas provas suficientes para sua condenação. A procuradoria pediu a prisão de Denise Abreu e Marco Aurélio por homicídio doloso — quando há intenção de matar — por considerar que assumiram os riscos ao colocarem uma aeronave em uma pista irregular.
Em 2015, no entanto a MPF recorreu após o juiz Márcio Assad Guardia inocentar os três réus. De acordo com o relatório, o acidente teria ocorrido independentemente das condições climáticas, pois o manejo dos (manetes) estavam irregulares.
Na época do acidente, o até então presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou três dias de luto nacional. O caso foi ainda, manchete de diversos jornais internacionais. Por anos essa tragédia foi considerada como a pior, e somente em 2015 foi ultrapassada pelo voo Metrojet 9268, que deixou 221 mortos.