Uma equipe de pesquisadores da Universidade de Bournemouth, no Reino Unido, conseguiu encontrar os destroços do SS Mesaba, um navio que emitiu um aviso sobre um grande iceberg enquanto cruzava o Atlântico, na tentativa de alertar o RMS Titanic sobre o obstáculo à frente. Infelizmente, a mensagem não chegou à ponte de comando do Titanic e o navio acabou colidindo com o iceberg com grande impacto, resultando em um naufrágio que ceifou a vida de aproximadamente 1500 pessoas a bordo.
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O SS Mesaba, por sua vez, continuou em sua função até que foi afundado em 1918, por torpedos de submarinos alemães, levando à morte de pelo menos 20 tripulantes. A localização dos destroços só foi possível depois de mais de um século, graças ao uso de tecnologia sonar, que utiliza ondas de rádio para localizar objetos no fundo do mar. Essa técnica pode ser realizada diretamente de um navio em superfície.
Os destroços do navio foram encontrados em uma área de 19,4 km, o que não foi uma tarefa fácil, uma vez que havia destroços de outros 292 navios na região. O uso do sonar do Prince Madog, embarcação de pesquisa científica, se mostrou muito eficiente para os cientistas da Universidade de Bournemouth, permitindo mapear mais de 19 km dos rios da Irlanda.
Segundo a arqueóloga e historiadora marinha Innes McCartney, da Universidade de Bangor, no país de Gales, "anteriormente, podíamos mergulhar em alguns locais por ano para identificar visualmente os destroços. As capacidades únicas de sonar do Prince Madog nos permitiram desenvolver um meio de custo relativamente baixo para examinar os destroços", afirmou em comunicado à imprensa.
A descoberta dos destroços do SS Mesaba é um marco importante para a história da navegação, já que é uma peça-chave para entender as circunstâncias em torno da tragédia do Titanic. A mensagem emitida pelo SS Mesaba pode ter sido crucial para evitar a colisão do Titanic com o iceberg, se tivesse sido entregue à ponte de comando.
Além disso, a descoberta também é um testemunho das tecnologias avançadas disponíveis para explorar o fundo do mar. O uso do sonar do Prince Madog permitiu aos pesquisadores localizar os destroços do navio de forma mais rápida e eficiente, em comparação com as técnicas de mergulho convencionais. Essa tecnologia tem sido fundamental para a descoberta de muitos outros destroços de navios históricos, que antes eram considerados perdidos para sempre.
A pesquisa arqueológica e histórica de navios naufragados é fundamental para preservar a memória das tragédias marítimas, bem como para entender melhor a história da navegação e as condições do mar em diferentes épocas. Além disso, a preservação dos destroços pode oferecer insights valiosos sobre a tecnologia e a vida a bordo dos navios da época, bem como ajudar a identificar os impactos ambientais causados pelos naufrágios.
Em suma, a descoberta dos destroços do SS Mesaba pela equipe da Universidade de Bournemouth é um marco importante na história da navegação e um testemunho da importância das tecnologias avançadas para explorar o fundo do mar. Esperamos que essa descoberta abra novas portas para a pesquisa e a preservação dos destroços de navios históricos.