Partido propõe candidatura de inteligência artificial nas eleições da Dinamarca

Atualmente, a inteligência artificial (IA) já se tornou uma presença constante em nossas vidas, atuando para proteger meios digitais como bancos e computadores, além de estar cada vez mais presente no cotidiano. A IA é uma tecnologia que permite o aprendizado de conhecimento por meio de experiências, tornando-a capaz de realizar tarefas de maneira similar aos seres humanos.

A evolução da IA está acontecendo em um ritmo acelerado, e recentemente, um novo partido político foi criado com a proposta de lançar uma IA nas eleições dinamarquesas deste ano. O partido, chamado Partido Sintético, busca representar 20% dos eleitores do país que não se identificam com os atuais governantes e que não têm uma representação clara no parlamento.

O Partido Sintético foi criado por Asker Staunæs, que também é um artista-pesquisador da organização sem fins lucrativos MindFuture. Esta organização é responsável pela criação da IA que pretende entrar na política por meio do Partido Sintético. A liderança do partido é feita por um líder chamado Leader Lars, que é basicamente um chatbot usando inteligência artificial, e que também estará disponível para responder perguntas de eleitores online.

Um dos principais ideais do Partido Sintético é defender a igualdade sem discriminação, independentemente de credo, gênero, cor ou raça de qualquer pessoa. No entanto, para que a IA possa concorrer nas eleições, o partido precisa coletar 20.000 assinaturas. Até o momento da publicação deste artigo, o partido tem apenas 11 assinaturas, o que pode dificultar a candidatura da IA na próxima eleição.

É importante destacar que, mesmo que o Partido Sintético consiga coletar as 20.000 assinaturas necessárias, ainda será necessário ter um representante humano para acompanhar a IA na política. Isso porque, apesar da IA ser capaz de aprender e realizar tarefas de maneira autônoma, ainda há limitações em sua capacidade de compreender o contexto e as nuances da política, o que torna a presença humana essencial para garantir uma atuação responsável e ética na política.

Além disso, a introdução da IA na política também traz uma série de questionamentos éticos e práticos. Afinal, como garantir que a IA seja programada para agir em benefício do interesse público e não de grupos específicos ou interesses privados? Como garantir que ela seja capaz de lidar com questões complexas e dinâmicas da política, como negociação, diálogo e tomada de decisões em conjunto com outros representantes políticos?

Essas questões não são apenas teóricas, mas se mostram bastante relevantes na prática, como no caso do uso de algoritmos para a tomada de decisões em áreas como justiça, saúde e educação, que podem acabar perpetuando preconceitos e desigualdades.

Nesse sentido, é fundamental que haja um amplo debate e transparência no processo de introdução da IA na política, com participação de diversos setores da sociedade, para garantir que sua atuação seja pautada por princípios éticos e democráticos.

Embora o Partido Sintético possa parecer inovador ao introduzir uma IA na política, já há diversos exemplos de uso de tecnologias digitais na política, como o uso de big data e redes sociais para análise de dados e campanhas eleitorais.

O importante é que essa evolução tecnológica seja acompanhada de um debate amplo e transparente sobre seus impactos e potenciais riscos, a fim de garantir que a IA seja utilizada de forma responsável e em benefício da sociedade como um todo.