A explosão solar de fevereiro desencadeou o mais forte tsunami magnético dos últimos nove anos

No dia 17 de fevereiro do ano corrente, foi registrada uma explosão solar classificada como X2.2, ocorrida no sol, que desencadeou um tsunami solar considerado o mais forte dos últimos nove anos. A explosão teve origem em uma região específica de manchas solares, conhecida como Active Region 3229, o que resultou em apagões de rádio em todo o mundo. Este evento raro da natureza solar causou uma onda magnetohidrodinâmica (MHD), que consiste em ondas de plasma em proporções altas, podendo atingir velocidades de 901.000 km/h na foto-esfera e altitude de até 100.000 km acima da superfície do sol.

A classificação das erupções solares é baseada em letras e números, indo desde a classe A até a classe X, sendo que as numerações representam a intensidade do evento. As erupções de classe A são consideradas fracas, enquanto as de B, C e M são consideradas moderadas e a classificação X é a mais forte e potente. A última explosão foi classificada como X2.2, representando um risco para aeronaves em voo, bem como para satélites e astronautas no espaço.

As erupções solares ocorrem repentinamente e têm como principal causa mudanças no campo magnético do sol, sendo também conhecidas como "Flare". A ejeção de massa coronal viajou a 1,6 milhões de km por hora em direção à Terra, afetando diretamente as auroras boreais, deixando-as mais intensas e esverdeadas, mesmo em lugares mais ao sul, como nos estados de Idaho e Nova York, nos Estados Unidos.

No dia 21 de fevereiro, foram registradas explosões moderadas que atingiram o campo magnético da Terra, mas sem causar grandes transtornos para o nosso planeta. É importante destacar que a ocorrência de explosões solares é um evento natural, mas pode trazer consequências para a tecnologia, a comunicação e até para a saúde humana, sendo, portanto, um tema de grande importância para estudos e monitoramento.

Embora as explosões solares sejam um fenômeno natural, a sua ocorrência pode ter impactos significativos em diversas áreas. Por exemplo, as emissões solares de partículas energéticas podem afetar os sistemas de comunicação por satélite, redes elétricas e de comunicações, bem como a saúde dos astronautas em missões espaciais.

Além disso, os efeitos das erupções solares podem ser ampliados pela presença de tempestades geomagnéticas na Terra, que ocorrem quando as partículas emitidas pelo Sol interagem com o campo magnético terrestre. Essas tempestades podem causar danos a equipamentos eletrônicos, além de afetar o funcionamento de redes elétricas, gerando apagões em diversas regiões.

Por essa razão, é importante que haja uma constante monitorização das atividades solares, especialmente para identificar erupções que possam representar um risco para a infraestrutura de comunicações e energia elétrica. Nesse sentido, a pesquisa científica é fundamental para melhorar a nossa compreensão dos fenômenos solares e desenvolver mecanismos de prevenção e mitigação de impactos.

A exploração espacial e a utilização de tecnologia que depende de sistemas de comunicação por satélite continuam a aumentar, tornando a monitorização do clima espacial cada vez mais importante para proteger as nossas infraestruturas e as pessoas que utilizam essas tecnologias. A cada dia, novas descobertas são feitas sobre o Sol e seu comportamento, contribuindo para a evolução da nossa compreensão sobre o universo e nossas tecnologias.